terça-feira, 10 de junho de 2008

Maxixe-doReino ou Maxixe peruano

O maxixe-peruano, Cyclanthera pedata (L) Schrad., é uma hortaliça-fruto originária da América do Sul. Pode ser encontrado, cultivado ou em condição subespontânea, em diversos países (Brasil, olívia, Chile, Colômbia, Argentina e Peru); sua ocorrência, na forma cultivada, sobressai-se no Peru onde é uma cultura de significativo valor econômico. Há registros de seu cultivo, ainda, na Itália e no México, e neste último, além dos frutos, os brotos são utilizados como alimento (Lima & Costa, 1997).

No Brasil, os pequenos agricultores comercializam seus frutos em pequena escala, em nível local. Os frutos são consumidos recheados ou cozidos, em ensopados à base de carnes, ao molho, e também ao forno. Seu sabor se assemelha ao do aspargo e pouco se conhece

sobre suas propriedades nutritivas (Klien et al., 1989). A planta também é conhecida por suas propriedades medicinais purgativas, e seu sabor amargo pode estar relacionado com a presença de compostos fenólicos. A espécie tem ação antiinflamatória, hipoglicemiante e redutora do nível de colesterol (Tommasi, 1996).

O fruto apresenta diversidade de nomes, dependendo da região onde é encontrado, como boga-boga, em Tabatinga, município amazonense, cayo, em municípios de Rio Branco e Sena Madureira e, na literatura, é nomeada, às vezes, como taiuá-de-comer, chuchu-devento, chuchu-paulista, chuchu-do-reino, pepino-de-comer, pepino-do-ar e maxixe-do-reino, entre outras denominações (Lima & Costa, 1997).

O maxixe-do reino, da família Cucurbitaceae, é típico de clima tropical; não suporta encharcamento temperatura baixa ou geada; há relatos de cultivo do maxixedo- reino em condições de clima subtropical, com temperatura média anual de 20ºC a 25ºC (Cardoso, 1997).

Embora seja tradicionalmente cultivada no Norte de Minas Gerais, pouca informação existe a respeito da espécie, principalmente as relativas às exigências nutricionais da cultura. Em algumas comunidades do Norte de Minas Gerais, por causa dos cultivos sucessivos e da não utilização de corretivos e fertilizantes, a produtividade é baixa, o que inviabiliza o cultivo dessa espécie.

Extraído de:

FERNANDES, Luiz Arnaldo et al . Mineral nutrition of Cyclanthera pedata. Pesq. agropec. bras. , Brasília, v. 40, n. 7, 2005 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-204X2005000700014&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 10 June 2008.


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